A escuridão
espera a morte que demora
A escuridão não sei o que é
Talvez seja isso
A escuridão não é nada
É a falta de algo
A ausência de tudo.
Vivo na escuridão
Ela habita
Mora em mim
O vazio se fez aqui
E o tudo
Não encontro em mim.
A escuridão se faz presente
A solidão me fez doente
A tristeza minha alma sente.
O clamor embargado está
Na voz que o surdo
Fica a escutar.
A escuridão está presente
No corpo,
Na alma,
Deste homem descrente.
A sombra que aqui vagueia
Dilata o sangue das minhas veias.
O calor que me consome
Deturpa a visão dos globos.
O delírio em meio a noite fria
Faz a solidão
Que habita este corpo dormente
Rasgue com furor as entranhas
Por desejos não realizados
E amor não correspondido.
A escuridão me invade
Mas não me traga
Pois a vida está presente
Neste corpo que amarga
É o fim.
Mas não tem hora
Para que termine
Esta história.
Patricia Calixto de Almeida
Comentários
Postar um comentário